- Nº 2232 (2016/09/8)
Grande comício da 40.ª Festa

Mar de gente, de confiança<br>e de convicções

Festa do Avante!

Se, como costumamos dizer, «não há Festa como esta», é também justo que se diga que o comício da Festa do Avante! é único e especial: pela ocasião em que se realiza; pela sua extraordinária dimensão pela presença de representantes de partidos comunistas e organizações progressistas dos quatro cantos do planeta; e pelo que representa de reforço da unidade e coesão do colectivo partidário e de projecção das propostas do PCP e do seu projecto de democracia e socialismo.

Este ano, que era especial por tantas razões (quer pelo aniversário redondo e expressivo como pela estreia do novo terreno da Quinta do Cabo), o comício esteve à altura do peso da ocasião e, tal como a própria Festa, foi enorme, alegre e transbordante – não só de gente, mas também de confiança e determinação. Apesar do calor abrasador, o recinto esteve sempre cheio, assim como as alamedas que dele emanam e os espaços das organizações que o circundam.

As bandeiras vermelhas do PCP vislumbravam-se até onde a vista alcançava e, aqui e ali, outras, de partidos comunistas e operários e forças progressistas de vários pontos do mundo e de países como Cuba, Palestina e Saara Ocidental, acrescentavam-lhe cor e a sempre presente dimensão internacionalista, este ano reforçada com a presença dos jovens participantes no Acampamento Internacional «Avante por um mundo de paz», muitos dos quais empunhavam os estandartes das suas organizações.

Entusiasmo transbordante

Para além da dimensão, que foi impressionante, o que mais ressaltou do comício da Festa foi, uma vez mais, o compromisso e o entusiasmo demonstrados pelos muitos milhares de pessoas que nele participaram. Seguindo atentamente os discursos de Jerónimo de Sousa, do director do Avante! Manuel Rodrigues ou do jovem comunista Vasco Marques (que transcrevemos na íntegra nas páginas seguintes), reagiram com entusiasmo aos relatos de lutas e vitórias alcançadas, manifestaram o seu apoio aos representantes das delegações internacionais e aos combates que travam nos seus países, deram mostras da sua determinação em continuar a reforçar o Partido e a alargar a luta dos trabalhadores e do povo pelo progresso, a justiça social e a soberania nacional.

Se o comício foi a todos os títulos notável – e nem sequer nos referimos ainda ao que lá se disse – o seu final arrepiou: unidos num imenso abraço, milhares de pessoas entoaram o Avante, Camarada, cerrando a seguir os punhos para cantar A Internacional e depois A Portuguesa. E houve ainda A Carvalhesa, que é A Carvalhesa e que como tal põe toda a gente a dançar, a saltar, a agitar bandeiras...

Se os comunistas e seus aliados são já destacados combatentes das lutas políticas e de classe que diariamente se travam, com a força que emanou da Festa e do comício continuarão a sê-lo ainda com mais confiança e determinação.

Quem não esteve na Festa do Avante! e no seu principal momento político dificilmente ficará a saber o que estas iniciativas realmente foram, pois à excepção desta edição do Avante! nenhum outro órgão de comunicação social o contará na sua rica diversidade. Cabe, assim, a quem lá esteve transportar para fora dos portões da Quinta da Atalaia o entusiasmo que marcou a Festa, factor essencial para levar de vencidas as batalhas políticas enunciadas no comício.

GC